Países Porcos foi a expressão criada a partir das letras iniciais dos cinco países da União Europeia que estão com graves problemas na economia derivados do déficit fiscal (mais gastos do que ingressos dos governos). Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, os PIIGS em inglês, POORCOS em português. Quatro desses países são predominantemente católicos sendo a Grécia, ortodoxa.
Vou falar da Espanha porque além de ser cidadão espanhol morei neste país quase 10 anos e o caso da Espanha explica o dos outros países com ramificações (como não poderia deixar de ser) na América católica e portanto no Brasil.
Todos esses países ganharam na loteria quando ingressaram na União Europeia, um bloco econômico poderoso que investiu montanhas de dinheiro nos países menos desenvolvidos (os hoje chamados países porcos)a fim de equipará-los aos países mais desenvolvidos da Europa e portanto criar uma economia continental forte, unida e próspera. Foi uma oportunidade de ouro para esses países, muitos deles arrasados por ditaduras como a de Franco na Espanha e a de Salazar em Portugal, que duraram até a década de 70. Foram feitas muitas obras de infra-estrutura (trens de alta velocidade, rodovias modernas, renovação de cidades inteiras (a Barcelona olímpica de 1992), avanços sociais (lei sobre aborto, união civil de pessoas do mesmo sexo, lei sobre violência contra a mulher), mudanças culturais (mentalidade mais aberta e cosmopolita), enfim grandes transformações!
Quando morei na Espanha sempre sonhei que todas essas transformações pudessem ocorrer nos demais países latinos do mundo (afinal de contas somos uma mesma cultura), mas sempre ouvia que o grande motor da mudança era o fator União Europeia, ou seja, o empurrão que os países mais desenvolvidos davam aos do sul da Europa e que na América Latina, por exemplo, não existia essa força propulsora!
Os países porcos enriqueceram, aconteceu o "milagre" muito rapidamente até. Muitos cidadãos desses países viraram novos ricos e começaram a consumir viagens internacionais, ter casa própria (hipotecas) resultando no boom da construção civil, criou-se uma grande classe média, houve liberação dos costumes e até mesmo intolerância com relação a imigrantes (apesar de serem necessários para fazer o trabalho que os novos ricos não queriam mais fazer!).
Lamentavelmente a festa durou bem pouco. Países como Grécia falsificaram suas contas durante anos para dar a impressão de que tudo estava bem e que podiam continuar gastando à vontade. A Espanha não diversificou a sua economia o suficiente, turismo e construção civil concentraram o grosso da atividade e com esses setores entrando em crise o país tem agora a maior taxa de desemprego da União Europeia, em torno de 20% da população ativa! Um verdadeiro horror!
O que falhou? Do meu ponto de vista, a falha é cultural. Em nossos países católicos e na Grécia ortodoxa nos falta honestidade, garra para fazer mudanças profundas, mais talento para tudo o que é social, científico e tecnológico, estratégico. Sempre perdemos as grandes oportunidades. Somos egoístas, simplistas, levianos. Temos elites míopes, cegas quase. Temos uma igreja hipócrita, atrasada, mesquinha (um amigo meu muito acertadamente sugeriu que a Igreja católica ajudasse os países porcos a sair da crise doando parte do seu imenso e intocável patrimônio!). Isso tudo é o nosso chiqueiro!
Quanto ao Brasil, mais pano do mesmo tecido. E que pano! O gigante sul-americano ainda que chegue a ser a 1ª economia do mundo não deixará de ser um país terceiro mundista pois tem ojeriza a mudanças sociais e políticas de fundo. A nossa cultura é a da maquiagem, a do "me engana que eu gosto", a da justiça para poucos (vejam o caso Arruda), a do assistencialismo e esmola. Nesse país não existe um projeto sério de cidadania, de educação, de ética, não tem nada! Estive esses dias no Rio de Janeiro, cartão postal do Brasil e da cultura brasileira, e fiquei horrorizado com a decadência da cidade e das pessoas! Muito lixo na rua, indigentes pra todo lado, serviços de má qualidade, chuvas que alagam e matam, trânsito infernal, enfim NADA do que se orgulhar, pelo contrário,um CAOS.
A conclusão é a de que países porcos combina com países católicos e/ou latinos, desiguais, corruptos... A pocilga é cultural. As etapas de crescimento econômico beneficiam uma minoria, é tudo muito efêmero, oportunista, brega, novo rico. Tudo em nome do pai, do filho e do espírito santo. Amém.
quarta-feira, 10 de março de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Haiti: menos Vudú e mais Oração*
Estamos assistindo pela TV ao vivo o terror que vivem os haitianos depois da maior tragédia que aconteceu em seu país. Brasileiros desabrigados pelas chuvas também tem vivido dias de terror, europeus, americanos, chineses, enfim, gente do hemisfério norte também tem sofrido por causa do excesso de neve e por aí vai.
Mas, claro, nada se compara à tragédia maior do Haiti. Será que as tragédias são fenômenos meramente físicos ou elas têm também uma dimensão espiritual? Algumas pessoas dizem que se Deus existisse mesmo, essas tragédias não aconteceriam ou que Deus, na verdade, é muito mal. Esquecem de que na Terra o ser humano tem livre arbítrio e pode escolher entre bem, mal ou ficar acima de tudo isso! Não é questão de Deus, é questão dos homens e mulheres mesmo!
O Haiti é conhecido como a terra do vudú. O vudú inclui rituais dos mais macabros que se possa imaginar tendo ramificações até no Brasil onde recentemente ficou-se sabendo do caso das duas crianças com agulhas no corpo na Bahia e no Maranhão. O povo haitiano, pela ignorância, tem usado o seu livre arbítrio para praticar o mal a suas crianças, a seus adultos e a seus velhos. Não é à toa que trata-se de um país anárquico, o mais pobre do Ocidente e agora o que sofre a pior tragédia de todos.
Mais do que de dinheiro, os haitianos precisam de ORAÇÃO*, de iluminação, de uma nova consciência espiritual. É pena que as forças de paz do Brasil oficialmente não tenham essa visão (mas com certeza alguns deles a tem) e nós brasileiros, conscientes disso, podemos daqui em nossas preces diárias rezar* pelo povo e pedir que com essa tragédia aprendam e evoluam. Sem esquecer de que em nosso país e no resto do mundo essa evolução é necessária também.
A televisão explora as tragédias para conseguir audiência e pontos no IBOPE. Não entendo repórteres que se deslocam para regiões destruídas como o Haiti para entrevistar pessoas e filmar a dor dos outros. Será que não seria mais útil ajudar? O que fazem dezenas de correspondentes internacionais no aeroporto de Porto Príncipe? Será que não deveriam ter absoluta prioridade os voos com equipes de resgate, trazendo comida e remédios? O tempo nesses casos é crucial.
Como diz o Caetano naquela música, o Haiti é aqui. Oremos* por ele.
* Pode ser oração, meditação, estar em silêncio, enfim qualquer que seja a forma de comunicação com o divino em você.
Mas, claro, nada se compara à tragédia maior do Haiti. Será que as tragédias são fenômenos meramente físicos ou elas têm também uma dimensão espiritual? Algumas pessoas dizem que se Deus existisse mesmo, essas tragédias não aconteceriam ou que Deus, na verdade, é muito mal. Esquecem de que na Terra o ser humano tem livre arbítrio e pode escolher entre bem, mal ou ficar acima de tudo isso! Não é questão de Deus, é questão dos homens e mulheres mesmo!
O Haiti é conhecido como a terra do vudú. O vudú inclui rituais dos mais macabros que se possa imaginar tendo ramificações até no Brasil onde recentemente ficou-se sabendo do caso das duas crianças com agulhas no corpo na Bahia e no Maranhão. O povo haitiano, pela ignorância, tem usado o seu livre arbítrio para praticar o mal a suas crianças, a seus adultos e a seus velhos. Não é à toa que trata-se de um país anárquico, o mais pobre do Ocidente e agora o que sofre a pior tragédia de todos.
Mais do que de dinheiro, os haitianos precisam de ORAÇÃO*, de iluminação, de uma nova consciência espiritual. É pena que as forças de paz do Brasil oficialmente não tenham essa visão (mas com certeza alguns deles a tem) e nós brasileiros, conscientes disso, podemos daqui em nossas preces diárias rezar* pelo povo e pedir que com essa tragédia aprendam e evoluam. Sem esquecer de que em nosso país e no resto do mundo essa evolução é necessária também.
A televisão explora as tragédias para conseguir audiência e pontos no IBOPE. Não entendo repórteres que se deslocam para regiões destruídas como o Haiti para entrevistar pessoas e filmar a dor dos outros. Será que não seria mais útil ajudar? O que fazem dezenas de correspondentes internacionais no aeroporto de Porto Príncipe? Será que não deveriam ter absoluta prioridade os voos com equipes de resgate, trazendo comida e remédios? O tempo nesses casos é crucial.
Como diz o Caetano naquela música, o Haiti é aqui. Oremos* por ele.
* Pode ser oração, meditação, estar em silêncio, enfim qualquer que seja a forma de comunicação com o divino em você.
sábado, 19 de dezembro de 2009
Voltei mas não sei até quando
Sem esnobismos, acho que posso afirmar que depois de ter 2 passaportes e de ter morado 15 anos fora do Brasil (sempre voltando aqui) tanto faz estar no Brasil ou no exterior, o importante é estar no mundo e até fora dele. Desde que saí do Brasil pela primeira vez em 1989, o mundo tornou-se muito pequeno (a Internet e os preços mais baixos dos vôos internacionais que o digam).
Hoje em dia falo com o meu companheiro na Holanda todos os dias pelo Skype com custo zero por segundo. Leio as notícias da Holanda e da Espanha, vejo a televisão desses países, converso com amigos de lá e de cá pelo chat, tanto faz estar na Europa ou no Brasil.
Sei que estou no Brasil por causa do quase verão muito chuvoso, das notícias de corrupção (a única diferença agora é que usam mais vídeos para denunciar, entramos na era Big Brother de vez), da TV Globo e suas novelas e séries totalmente sem graça (mesmo assim todo mundo assiste!), da obsessão pela boa forma dos brasileiros (Na Europa raramente se comenta sobre o corpo dos outros), e um longo etc.
Uma das coisas mais interessantes que me aconteceu desde que voltei pra cá em setembro desse ano é que conheci pessoalmente em Brasília, onde moro, o Fernando e o Laci. Eles são o primeiro casal gay assumido do exército brasileiro e comeram o pão que o diabo amassou por isso. Segundo eles próprios me contaram, tudo começou quando um deles denunciou alguns superiores fardados por corrupção no hospital militar onde trabalhavam. Os poderosos chefões usaram o fato de que eles eram gays para desacreditá-los e ridicularizá-los. Mas o feitiço acabou virando contra os feiticeiros. Fernando e Laci receberam muito apoio de organizações de direitos humanos, de alguns parlamentares, da mídia e conseguiram sobreviver aos ataques, torturas e difamações de que foram alvo algumas delas apoiadas por uma jornalista vagabunda chamada Luciana Gimenez em seu programa na Rede TV (uma emissora de Terror!). Fernando acabou desertando do exército e Laci também foi preso por deserção (quando na realidade não podia trabalhar por motivo de doença) e o caso dele está atualmente na Comissão Inter-Americana de Justiça em Washington para julgamento. O Estado brasileiro pode ser condenado por tê-lo acusado injustamente de deserção. Tomara que assim seja!
Mas eu queria falar também de alguma coisa boa que observo no Brasil. Acho que as pessoas ainda têm tempo para as outras, a comida é maravilhosa (ainda que nem sempre saudável) e a sexualidade ainda parece fluir mais livremente (para algumas pessoas, claro), acredito que melhor do que em outros países.
Estranhamente não tenho tido muita vontade de viajar. Queria reafirmar também que acho Brasília a melhor cidade para se viver no Brasil e por isso voltei para cá (e o meu companheiro está chegando). A capital brasileira não tem bairrismos, ainda tem um ritmo muito tranquilo e quase provinciano de vida sem deixar de ser cosmopolita (a oferta cultural e gastronômica é bastante farta). Mas para mim o mais importante é a aura mística da cidade que permanece intacta com suas áreas verdes, seu céu exuberante, seus monumentos-símbolo e sua gente variada. Gosto muito daqui!
Feliz Natal e Próspero Ano Novo para todos,
Francisco Tomé.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Entrevista sobre um ano do blog!
*Como é que surgiu a ideia de fazer esse blog?
Esse blog surgiu de uma coleção de artigos produzidos muito espontaneamente à raiz de notícias lidas sobre o Brasil. Quando a gente mora no exterior talvez sinta uma maior necessidade de acompanhar e entender o que acontece em nosso próprio país. Por outro lado, a distância permite um olhar mais objetivo e até mais crítico. Sem contar que às vezes dá muita raiva mesmo de tanta loucura que acontece no Brasil. E o blog acaba sendo uma forma de canalizar tudo isso.
* Dá pra explicar melhor a questão da crítica e da raiva?
Tentamos fazer crítica construtiva, aquela que leve a pensar que as coisas poderiam ser melhores, combatend0-se portanto a letargia e certo oba-oba característico da nossa cultura. Observa-se que nos países ditos mais desenvolvidos a autocritica funciona como motor de mudanças e avanços. No Brasil parece que há sempre um excesso de otimismo e conformismo. A ideia do blog é dar uma chacoalhada, como se a gente pudesse se ver no espelho de outra forma, mais crítica. Já a raiva vem basicamente de um sentimento que muitos brasileiros possuem e nem sempre expressam: o nosso país tem um grande potencial e poderia ser muito melhor do que é. Somos um povo criativo, pacífico, multicultural. As riquezas naturais são incontáveis. O clima é fantástico. Somos um dos maiores paises do mundo. Mas somos desleixados, desorganizados, egoístas, provincianos, repetitivos, medrosos até. Passam os anos e nada parece mudar de fato para melhor. Isso dá muita raiva!
* Mas as pessoas fora do Brasil amam o país, acham o povo caloroso, curtem a música e o futebol do Brasil, existe sempre um carinho...
Sim, sim. Isso é fato. Ainda bem (risos). É esse charme do brasileiro que engole todo mundo, até nós mesmos. Mas a gente bem sabe que o país tem problemas graves e desafios muito importantes no momento. Eu citaria a violência e a desigualdade social ainda como uma grande pedra no sapato. Sem falar na educação, na saúde, no meio ambiente, na Amazônia. Tudo está relacionado.
* Melhorou alguma coisa com o governo do Lula?
Sinceramente, acho que não. E não quero ser pessimista! Sempre votei em Lula e tinha grande esperança no governo dele. Em 2003 quando ele assumiu eu até voltei a morar no Brasil em parte porque achava que o país ia mudar. Sei também que não é um presidente da república que vai revolucionar o país. Mas o governo Lula me decepcionou. A ideologia escapuliu rapidamente pelo primeiro ralo do chão. Ele não moralizou o Estado, não moralizou a política, não moralizou as práticas partidárias, não moralizou o governo, fez obra social populista, até o Fome Zero foi uma grande balela. O milagre econômico brasileiro não se reflete num milagre da cidadania, da democracia, dos direitos humanos, da vanguarda cultural, científica e muito menos social. O governo Lula foi muito infeliz. Não vai passar para a história como um divisor de águas como deveria. Uma grande pena.
* Em quem você votaria para presidente em 2010?
Na Dilma não, nem que a vaca tussa! No Serra não porque não quero mais presidente paulista, como já falei no blog tantos anos de café preto não é bom num país continental como o nosso. Precisamos diversificar os estados de origem dos nossos presidentes. Não gosto do fato da Marina Silva ser evangélica e não votaria nela só por isso, admito que sou preconceituoso com relação a essa religião. No momento, estou ainda sem candidato(a).
* Qual é o seu problema com a igreja evangélica?
Acho que é um sinal de atraso no país. Não gosto da mentalidade gananciosa, do falso moralismo, da tradição e dos costumes cegos. Detesto a falta de respeito com relação aos homossexuais, por exemplo. Odeio essa associação de fé com dinheiro, fanatismo, desrespeito. Trata-se para mim de uma praga social.
* Mas o Brasil é um país muito religioso, não?
Sim, tem católicos, evangélicos, espíritas de diversas vertentes, santo daime e uma infinidade de seitas mais. Tenho aprendido que a religião é mesmo o ópio do povo como dizia Karl Marx. Ela engessa e limita as pessoas. Muitos dizem se salvar através da religião. Prefiro acreditar que a verdadeira salvação é a consciência livre, o pensamento crítico, a espiritualidade sem religião pelo meio, a educação, a cultura, o livre arbítrio.
* Em alguns dos textos do blog você se revela um pouco esotérico e também indigenista. Certo ou errado?
Certo. Sou esotérico na medida em que tento exercer a minha espiritualidade por conta própria e de forma muito eclética, sem vínculo com nenhuma religião. Para isso funcionam muito a intuição, os sentimentos, leituras, estudos, sinais. É só ficar antenado. Além disso, não acredito numa espiritualidade separada do cotidiano, da vida real. Então tudo acaba se misturando. Quanto ao aspecto indigenista, trata-se apenas de tributo muito modesto aos nossos ancestrais indígenas, subestimados e desconhecidos em essência pela maioria dos brasileiros. Preferimos os estereótipos, as caricaturas dos índios, outra das grandes tragédias nacionais a meu ver.
* Tragédia por quê?
Porque no Brasil ninguém quer ser índio, nem africano, nem português. Então vamos ser o quê? Qual é a nossa origem? Nova Iorque? Para muitos brasileiros, sim, Nova Iorque, acredite se quiser.
* Você está falando da elite brasileira, né?
Sim, claro, da elite cuja meca é Nova Iorque. São Paulo, por exemplo, é a nossa Nova Iorque. Sinceramente, acho isso decadente.
* O que que você gosta no Brasil? Tem alguma coisa boa ainda lá?
Tem sim, família, amigos, lugares, memórias, comidas... hum! Falando no contexto do blog, o Brasil tem ótimos cientistas, intelectuais, humoristas, artistas em várias áreas. O Brasil conseguiu incrivelmente ser um celeiro de mestiçagem entre todas as raças que nada deve aos Estados Unidos ou outras nações de imigrantes do mundo nas Américas ou na Oceania. Isso é um grande capital. O país tem uma história trágica mas cheia de garra. A posição do país no cenário internacional é boa e promissora. Falta fazer o dever de casa e é nessa tecla que eu bato no blog.
* Obrigado, Francisco e Boa Sorte!
Obrigado você!
domingo, 26 de julho de 2009
A ascensão social do Thanatos brasileiro
Na sua teoria das pulsões Sigmund Freud descreveu duas forças antagônicas: Eros, uma pulsão sexual com tendência à preservação da vida, e a pulsão de morte, Thanatos, que levaria à segregação de tudo o que é vivo, à destruição. Ambas as pulsões não agem de forma isolada, estão sempre trabalhando em conjunto (fonte: wikipedia).
O Eros social brasileiro, alegre, tropical, colorido, festivo, generoso, bem-humorado, criativo, malandro, e obviamente sexual tem cedido cada vez mais espaço para Thanatos. É inevitável começar evidenciando isso pelo terror instalado em instituições demagógicas como o Senado da República (atolado até os dentes pelo fisiologismo e pela corrupção), pela geléia geral promovida pelo presidente Lula (aliado de Sarney, Fernando Collor, Renan Calheiros e quem mais couber em seu balaio de gatunos) e pela apatia da sociedade brasileira, incapaz de reagir à altura a tanta desordem e atraso. Até mesmo o sangue jovem da UNE parece ter sido intoxicado pelo elixir do "me engana que eu gosto". Em congresso nacional da UNE realizado recentemente em Brasília, os estudantes desfilaram em protesto contra a instalação da CPI da Petrobrás. Desde que sou gente nunca vi tanta cegueira e conformismo.
Mas, infelizmente, Thanatos não cresce só no espectro político, isso é só a ponta do iceberg. Mais embaixo do iceberg, um júri popular de Brasília absolveu um homem acusado, com todas as provas, de ter matado a sua mulher. Segundo comentário e boa sacação de um leitor do site do Correio Braziliense, do dia 24 de julho, sobre essa notícia: Os membros do júri absolveram o assassino movidos pelo fato inconsciente de que um dia poderiam estar no banco dos réus e no fundo desejariam também a impunidade. Muita loucura, não? Não, em 2005 a sociedade brasileira decidiu em plebiscito permitir que Deus e o mundo possam continuar comprando e usando armas o que tornaria o país logo depois um dos países mais violentos do mundo, com número recorde de homicídios. Obra-prima de Thanatos.
Outro crime nacional é de natureza ambiental. Em reportagem da revista Veja dessa semana denuncia-se em detalhe o estado de calamidade sanitária das praias urbanas da cidade do Rio de Janeiro infestadas por todo tipo de resíduos nocivos à saúde gerando coliformes fecais e etc., resultado da falta de esgoto e planejamento urbano. Se fosse só no Rio ainda se poderia dar um jeito, mas o problema atinge TODAS as praias urbanas brasileiras já que nenhuma delas é considerada limpa pela ONG Bandeira Azul que monitora o estado de limpeza das praias em todo o mundo. Eu já decidi que não me banho em nenhuma praia de capital, vou pro interior. Imaginemos o prejuízo que isso vai trazer para o turismo no litoral brasileiro.
Mas, Caminho das Índias e A fazenda continuam com ótima audiência e a popularidade do presidente Lula também vai muito bem, obrigado/a. Deus é brasileiro! Será?
Francisco Tomé de Castro.
O Eros social brasileiro, alegre, tropical, colorido, festivo, generoso, bem-humorado, criativo, malandro, e obviamente sexual tem cedido cada vez mais espaço para Thanatos. É inevitável começar evidenciando isso pelo terror instalado em instituições demagógicas como o Senado da República (atolado até os dentes pelo fisiologismo e pela corrupção), pela geléia geral promovida pelo presidente Lula (aliado de Sarney, Fernando Collor, Renan Calheiros e quem mais couber em seu balaio de gatunos) e pela apatia da sociedade brasileira, incapaz de reagir à altura a tanta desordem e atraso. Até mesmo o sangue jovem da UNE parece ter sido intoxicado pelo elixir do "me engana que eu gosto". Em congresso nacional da UNE realizado recentemente em Brasília, os estudantes desfilaram em protesto contra a instalação da CPI da Petrobrás. Desde que sou gente nunca vi tanta cegueira e conformismo.
Mas, infelizmente, Thanatos não cresce só no espectro político, isso é só a ponta do iceberg. Mais embaixo do iceberg, um júri popular de Brasília absolveu um homem acusado, com todas as provas, de ter matado a sua mulher. Segundo comentário e boa sacação de um leitor do site do Correio Braziliense, do dia 24 de julho, sobre essa notícia: Os membros do júri absolveram o assassino movidos pelo fato inconsciente de que um dia poderiam estar no banco dos réus e no fundo desejariam também a impunidade. Muita loucura, não? Não, em 2005 a sociedade brasileira decidiu em plebiscito permitir que Deus e o mundo possam continuar comprando e usando armas o que tornaria o país logo depois um dos países mais violentos do mundo, com número recorde de homicídios. Obra-prima de Thanatos.
Outro crime nacional é de natureza ambiental. Em reportagem da revista Veja dessa semana denuncia-se em detalhe o estado de calamidade sanitária das praias urbanas da cidade do Rio de Janeiro infestadas por todo tipo de resíduos nocivos à saúde gerando coliformes fecais e etc., resultado da falta de esgoto e planejamento urbano. Se fosse só no Rio ainda se poderia dar um jeito, mas o problema atinge TODAS as praias urbanas brasileiras já que nenhuma delas é considerada limpa pela ONG Bandeira Azul que monitora o estado de limpeza das praias em todo o mundo. Eu já decidi que não me banho em nenhuma praia de capital, vou pro interior. Imaginemos o prejuízo que isso vai trazer para o turismo no litoral brasileiro.
Mas, Caminho das Índias e A fazenda continuam com ótima audiência e a popularidade do presidente Lula também vai muito bem, obrigado/a. Deus é brasileiro! Será?
Francisco Tomé de Castro.
domingo, 21 de junho de 2009
Do entorno de Brasília ao Brasil "emergente"
Sinto muito, mas o entorno do Distrito Federal não é e não pode ser Águas Lindas de Goiás e o resto de cidades criminosas... O entorno do DF tem que ser todo o Brasil, a América Latina e idealmente o mundo todo. Quando JK fundou o DF no centro do país, a idéia dele não era criar uma nova capital de Goiás e nem do Centro-Oeste. A idéia era criar uma nova capital para o país e para o mundo que refletisse a modernidade do Brasil. Que deslocasse a influência do litoral, portanto colonizadora, e repensasse o Brasil a partir do centro, ou seja, do seu âmago. Essa perspectiva tem sido esquecida para o mal de Brasília e do Brasil. Por exemplo: Museu Nacional Honestino Guimarães. Certo? Errado. Deveria se chamar Museu Nacional Guimarães Rosa ou Museu Nacional e Latino-Americano, enfim, a confusão do Nacional com o local não deve existir. Brasília não tem cultura local e nem vai ter por muito tempo. Mas isso não é necessariamente ruim, deve sobrar espaço pra repensar o Brasil e isso agora mesmo é fundamental, esse é o verdadeiro papel do DF!
Neste sentido, a criação da Câmara Distrital foram muitos passos atrás já que a herança do modo de fazer política local no país trouxe para o DF todo o charlatanismo e provincianismo dos demais municípios dos estados brasileiros, sendo que o DF nem estado é. E não deve ser. Há portanto uma enorme confusão de papel sobre a qual não ouço ninguém falar. Não seria o Roriz, goiano, o culpado de que Goiás agora tenha duas capitais? Certamente. Mas trata-se de confusão grave e prejudicial, que deveria ser corrigida a tempo.
Um país emergente como o Brasil (ainda que para mim grande parte da nação ainda continua profundamente submersa) não pode se dar ao luxo de tantas disparidades regionais, de ter uma capital nacional que se confunde com outra, estadual, de continuar tão obcecado pelo litoral e portanto pela colonização... Se o Brasil fosse emergente de verdade, talvez estivesse agora ocupado em construir cinco novas capitas de estado no interior do país, uma em cada região, gerando empregos, descentralizando o desenvolvimento e oferecendo ao mundo uma nova face. As cinco novas capitais poderiam ser as únicas cidades sede da copa de 2014, por exemplo. Com novíssima infra-estrutura, sustentáveis ambientalmente, ótimos hospitais e universidades, aeroportos novos, mostrando a cara de um novo Brasil. Mas esse Brasil novo não existe e JK deve tremer no mausoléu do seu museu quando percebe o que estão fazendo com o DF e com o Brasil.
Outro problema sério que vejo é o estado de origem dos presidentes da República coincidindo com o Senador Cristóvam Buarque que falou sobre esse problema. Na antiga sexta-série do primeiro grau, a gente aprendia nas aulas de história do Brasil sobre a política do café com leite, ou seja, a alternância de um presidente paulista e outro mineiro que dominou o período da República Velha por bastante tempo. Os dois mandatos de FHC e Lula representam atualmente 15 anos de café preto no país, ou seja, de presidentes com base política paulista que tende a concentrar nesse estado megalomaníaco todo o foco e atenção do governo federal prejudicando, uma vez mais, a visão ampla e a equidade de uma nação continental como a nossa! Quer dizer, mais provincianismo!
Com um DF desfocado, SP 15 anos sob a luz forte e incandescente do holofote e o Rio na sombra e na lembrança de quando foi cidade maravilhosa (segundo artigo que li na imprensa holandesa a cidade deveria perder esse título tal o grau de desilusão dos turistas que a visitam atualmente e a comparam com o que foi no passado) temos uma das faces desiguais do Brasil do BRIC. O problema é que existem muitas outras faces desiguais, o BRIC quase se torna BRINC, não de brinco, mas de brincadeira mesmo.
Francisco Tomé de Castro.
Neste sentido, a criação da Câmara Distrital foram muitos passos atrás já que a herança do modo de fazer política local no país trouxe para o DF todo o charlatanismo e provincianismo dos demais municípios dos estados brasileiros, sendo que o DF nem estado é. E não deve ser. Há portanto uma enorme confusão de papel sobre a qual não ouço ninguém falar. Não seria o Roriz, goiano, o culpado de que Goiás agora tenha duas capitais? Certamente. Mas trata-se de confusão grave e prejudicial, que deveria ser corrigida a tempo.
Um país emergente como o Brasil (ainda que para mim grande parte da nação ainda continua profundamente submersa) não pode se dar ao luxo de tantas disparidades regionais, de ter uma capital nacional que se confunde com outra, estadual, de continuar tão obcecado pelo litoral e portanto pela colonização... Se o Brasil fosse emergente de verdade, talvez estivesse agora ocupado em construir cinco novas capitas de estado no interior do país, uma em cada região, gerando empregos, descentralizando o desenvolvimento e oferecendo ao mundo uma nova face. As cinco novas capitais poderiam ser as únicas cidades sede da copa de 2014, por exemplo. Com novíssima infra-estrutura, sustentáveis ambientalmente, ótimos hospitais e universidades, aeroportos novos, mostrando a cara de um novo Brasil. Mas esse Brasil novo não existe e JK deve tremer no mausoléu do seu museu quando percebe o que estão fazendo com o DF e com o Brasil.
Outro problema sério que vejo é o estado de origem dos presidentes da República coincidindo com o Senador Cristóvam Buarque que falou sobre esse problema. Na antiga sexta-série do primeiro grau, a gente aprendia nas aulas de história do Brasil sobre a política do café com leite, ou seja, a alternância de um presidente paulista e outro mineiro que dominou o período da República Velha por bastante tempo. Os dois mandatos de FHC e Lula representam atualmente 15 anos de café preto no país, ou seja, de presidentes com base política paulista que tende a concentrar nesse estado megalomaníaco todo o foco e atenção do governo federal prejudicando, uma vez mais, a visão ampla e a equidade de uma nação continental como a nossa! Quer dizer, mais provincianismo!
Com um DF desfocado, SP 15 anos sob a luz forte e incandescente do holofote e o Rio na sombra e na lembrança de quando foi cidade maravilhosa (segundo artigo que li na imprensa holandesa a cidade deveria perder esse título tal o grau de desilusão dos turistas que a visitam atualmente e a comparam com o que foi no passado) temos uma das faces desiguais do Brasil do BRIC. O problema é que existem muitas outras faces desiguais, o BRIC quase se torna BRINC, não de brinco, mas de brincadeira mesmo.
Francisco Tomé de Castro.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
A Etiqueta Gay Preconceituosa de Glorinha Kalil
Não sei se todo mundo assistiu, mas o Fantástico exibiu uma reportagem da especialista em etiqueta, Glorinha Kalil, sobre nada mais nada menos do que "etiqueta gay". Nunca vi nada mais brega e fora de contexto do que isso! Mas o nosso país é brega, a TV Globo é breguíssima e subdesenvolvida mentalmente e não se pode esperar outra coisa...
Em primeiro lugar, essa história de etiqueta em geral, pertence a um mundinho muito limitadinho de pessoas que acreditam em certas normas que as tornam superiores às demais, ignorando diferenças culturais, sociais, comportamentais e até pessoais mesmo. Trata-se de atentado ridículo à naturalidade e espontaneidade das pessoas. É uma espécie de arregimentação supostamente chique mas na realidade decadente especialmente em países com tanta disparidade social como o nosso. Aliás, a etiquetada burguesia brasileira deve ser a mais decadente do mundo, dá muita pena realmente!
A reportagem começa bem, reconhecendo o fato de que os gays por todo o mundo têm conquistado muitos direitos de cidadania e afirmação mas descamba terrivel e inacreditavelmente pro lado da etiqueta que as pessoas não gays devem ter com relação a este "emancipado" coletivo. Glorinha começa dizendo que um convite formal, ou seja, escrito, a um casal gay jamais pode ser enviado em nome dos dois ou das duas mesmo em caso de que morem na mesma casa e não explica o porquê dessa lógica tão absurda. Afirma que devem ser mandados 2 convites, separados, pro mesmo endereço. Em cadeia nacional, Glorinha, com um sorriso e uma simpatia pra lá de cínica, é preconceituosa pois não acredito que tenha sido paga pelos Correios pra promover tal estupidez. Depois continua na mesma linha de fazer rir ou chorar, dependendo do ângulo em que se queira ver a reportagem, e no final triunfal aconselha a não avisar uma pessoa heterossexual de que o seu parceiro tem tendências homossexuais (caso alguém desconfie ou tenha certeza deste tipo de situação entre um casal amigo, por exemplo) pois a própria "vítima" deverá descobrir isso ou, como diz ela outra vez entre uma risada cínica, talvez até a relação "funcione" mesmo assim, nunca se sabe... sugere ela. É o cúmulo da deseducação e da promoção da desonestidade em cadeia nacional! A horrosa mensagem subliminar do último conselho dado por Glorinha como fechamento da reportagem é o de que permanecer dentro do armário, ou seja, não se assumir sexualmente pode dar certo e pode ser até melhor do que o contrário! Tudo isso faz parte de sua etiqueta monstruosa!
Em tempo, quero comentar outro caso que me assombrou veiculado em toda a imprensa de fofocas. O romance de Reynaldo Gianechini (que é homossexual) e a mãe do seu namorado, o filho de Marília Gabriela. A famosa entrevistadora resolveu ser a namorada oficial do galã para preservar a imagem deste e proteger o caso do seu filhinho numa das farsas mais ridículas e bregas do cenário das celebridades de meia tigela do Brasil. O longo namoro entre Reynaldo e o filho de Gaby acabou, a relação doentia entre genro e sogra se rompeu e toda a mídia veiculou a farsa em tom de fofoca. Reynaldo desde então tem sido visto livre, leve e solto na noite gay paulistana e até posou vestido para uma revista gay mês passado. Enfim, está saindo do armário devagarinho, mas isso não interessa à grande imprensa. Preferem a etiqueta de Glorinha Kalil.
Todos os gays do mundo respondem: Obrigado imprensa e famosos do Brasil pelo apoio e honestidade quanto à causa gay!
Para quem quiser ver a "gloriosa" reportagem de Glorinha, o link está aqui embaixo:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1058639-7823-A+ETIQUETA+GAY+COM+GLORINHA+KALIL,00.html
Em primeiro lugar, essa história de etiqueta em geral, pertence a um mundinho muito limitadinho de pessoas que acreditam em certas normas que as tornam superiores às demais, ignorando diferenças culturais, sociais, comportamentais e até pessoais mesmo. Trata-se de atentado ridículo à naturalidade e espontaneidade das pessoas. É uma espécie de arregimentação supostamente chique mas na realidade decadente especialmente em países com tanta disparidade social como o nosso. Aliás, a etiquetada burguesia brasileira deve ser a mais decadente do mundo, dá muita pena realmente!
A reportagem começa bem, reconhecendo o fato de que os gays por todo o mundo têm conquistado muitos direitos de cidadania e afirmação mas descamba terrivel e inacreditavelmente pro lado da etiqueta que as pessoas não gays devem ter com relação a este "emancipado" coletivo. Glorinha começa dizendo que um convite formal, ou seja, escrito, a um casal gay jamais pode ser enviado em nome dos dois ou das duas mesmo em caso de que morem na mesma casa e não explica o porquê dessa lógica tão absurda. Afirma que devem ser mandados 2 convites, separados, pro mesmo endereço. Em cadeia nacional, Glorinha, com um sorriso e uma simpatia pra lá de cínica, é preconceituosa pois não acredito que tenha sido paga pelos Correios pra promover tal estupidez. Depois continua na mesma linha de fazer rir ou chorar, dependendo do ângulo em que se queira ver a reportagem, e no final triunfal aconselha a não avisar uma pessoa heterossexual de que o seu parceiro tem tendências homossexuais (caso alguém desconfie ou tenha certeza deste tipo de situação entre um casal amigo, por exemplo) pois a própria "vítima" deverá descobrir isso ou, como diz ela outra vez entre uma risada cínica, talvez até a relação "funcione" mesmo assim, nunca se sabe... sugere ela. É o cúmulo da deseducação e da promoção da desonestidade em cadeia nacional! A horrosa mensagem subliminar do último conselho dado por Glorinha como fechamento da reportagem é o de que permanecer dentro do armário, ou seja, não se assumir sexualmente pode dar certo e pode ser até melhor do que o contrário! Tudo isso faz parte de sua etiqueta monstruosa!
Em tempo, quero comentar outro caso que me assombrou veiculado em toda a imprensa de fofocas. O romance de Reynaldo Gianechini (que é homossexual) e a mãe do seu namorado, o filho de Marília Gabriela. A famosa entrevistadora resolveu ser a namorada oficial do galã para preservar a imagem deste e proteger o caso do seu filhinho numa das farsas mais ridículas e bregas do cenário das celebridades de meia tigela do Brasil. O longo namoro entre Reynaldo e o filho de Gaby acabou, a relação doentia entre genro e sogra se rompeu e toda a mídia veiculou a farsa em tom de fofoca. Reynaldo desde então tem sido visto livre, leve e solto na noite gay paulistana e até posou vestido para uma revista gay mês passado. Enfim, está saindo do armário devagarinho, mas isso não interessa à grande imprensa. Preferem a etiqueta de Glorinha Kalil.
Todos os gays do mundo respondem: Obrigado imprensa e famosos do Brasil pelo apoio e honestidade quanto à causa gay!
Para quem quiser ver a "gloriosa" reportagem de Glorinha, o link está aqui embaixo:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1058639-7823-A+ETIQUETA+GAY+COM+GLORINHA+KALIL,00.html
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